cover
Tocando Agora:

Oito meses após a queda da ponte entre MA e TO, cidade de Estreito ainda sofre impactos negativos na economia

Cidade de Estreito ainda sente impactos econômicos após queda da ponte A cidade de Estreito, no sudoeste do Maranhão, ainda sofre os impactos negativos na ec...

Oito meses após a queda da ponte entre MA e TO, cidade de Estreito ainda sofre impactos negativos na economia
Oito meses após a queda da ponte entre MA e TO, cidade de Estreito ainda sofre impactos negativos na economia (Foto: Reprodução)

Cidade de Estreito ainda sente impactos econômicos após queda da ponte A cidade de Estreito, no sudoeste do Maranhão, ainda sofre os impactos negativos na economia, causados pela queda da ponte Juscelino Kubitschek em dezembro de 2024. Há lojistas que conseguem vender apenas metade do que vendiam antes da queda da ponte. A ponte que ligava o Tocantins e o Maranhão pela BR-226, entre os municípios de Aguiarnópolis e Estreito, desabou no dia 22 de dezembro de 2024. Carretas, caminhonetes e carros de passeio foram parar no fundo do rio com escombros do vão central da ponte. Das 18 vítimas, uma sobreviveu, 14 corpos foram localizados e três pessoas continuam desaparecidas. O que restou da ponte foi implodido em fevereiro. Com a construção da nova ponte sobre o rio Tocantins, que já está com mais de 60% das obras concluídas, os comerciantes de Estreito esperam a volta da movimentação de quem vinha com frequência das cidades mais próximas do estado do Tocantins. Oito meses após a queda da ponte entre MA e TO, cidade de Estreito ainda sofre impactos negativos na economia Reprodução/TV Mirante 📱Baixe o app do g1 para ver notícias do MA em tempo real e de graça Desde a queda da ponte, dentro das lojas quase não há clientes e em quase todos os estabelecimentos comerciais há produtos em promoção, uma forma de atrair o consumidor. Mesmo assim, os lojistas não estão conseguindo bater a meta de venda mensal. Oito meses após a queda da ponte entre MA e TO, cidade de Estreito ainda sofre impactos negativos na economia Reprodução/TV Mirante Após queda da ponte entre MA e TO, cidade de Estreito sofre impactos negativos na economia “O movimento sempre fraco, nunca melhorou depois da queda da ponte. Então teve uma queda grande. Quando concluir a ponte, que liberar (a passagem de veículos e pessoas), eu acho que talvez volte (a movimentação)”, disse Leonel Barros, que trabalha como vendedor em uma loja de confecção em Estreito. Nem a movimentação da reconstrução da ponte tem ajudado o comércio da cidade, que agora tem sido símbolo de espera de caminhoneiros na fila para atravessar na balsa disponibilizada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). A fila, que começa na BR-226, se estende por ruas e avenidas até o ponto de atracagem. Muitos caminhoneiros ficam mais de cinco horas esperando para acessar o estado vizinho. Oito meses após a queda da ponte entre MA e TO, cidade de Estreito ainda sofre impactos negativos na economia Reprodução/TV Mirante A construção da nova ponte sobre o rio Tocantins já está com mais de 60% das obras concluídas. A obra avaliada em mais de R$ 171 milhões tem ao todo 24 fundações e os 26 pilares finalizados. O trabalho agora está na fase de concretagem das cabeceiras. Segundo o Dnit, a nova ponte terá 100 metros a mais de extensão que a anterior. O comprimento total da estrutura será de 630 metros, com um vão livre de 150 metros. Além disso, a ponte deverá ter uma largura de 19 metros, ou seja, sete metros mais larga que anterior, a serem distribuídos em duas faixas de rolamento de 3,60 metros cada. A estrutura terá dois acostamentos de 3 metros cada, duas barreiras de proteção tipo New Jersey de 40 centímetros cada, dois passeios de 2,3 metros cada, e guarda-corpo em cada extremidade do tabuleiro. Oito meses após a queda da ponte entre MA e TO, cidade de Estreito ainda sofre impactos negativos na economia Reprodução/TV Mirante Saiba mais: Fantástico mostra laudo da PF sobre a queda da ponte Juscelino Kubitschek, entre Maranhão e Tocantins Ponte entre MA e TO: o que se sabe e o que falta esclarecer sobre desabamento na BR-266 Três vítimas da queda da ponte seguem desaparecidas sete meses após tragédia entre TO e MA: 'É angustiante', diz irmã Vereador flagra momento em que asfalto racha e ponte desaba entre o Tocantins e o Maranhão; VÍDEO Obras da nova ponte ficaram paralisadas por 24h durante protesto No início do mês deste mês de agosto, as obras de reconstrução da ponte Juscelino Kubitschek ficaram paralisadas por mais de 24 horas após um protesto realizado pelos trabalhadores do consórcio responsável pela construção. O cronograma prevê a entrega da nova estrutura até dezembro deste ano. A reconstrução foi orçada em R$ 171,9 milhões e é considerada estratégica por ligar os estados do Maranhão e Tocantins. Segundo os trabalhadores, houve atrasos no pagamento de horas extras, adicionais de periculosidade e insalubridade, e outros benefícios previstos em contrato. Eles também denunciam defasagem no controle de carga horária e afirmam que, em alguns casos, são induzidos a registrar o ponto e continuar trabalhando. A mobilização chamou a atenção do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), do sindicato da categoria e do Ministério Público do Trabalho (MPT), que passaram a acompanhar o caso. Após diálogo com os representantes da empresa responsável pela obra, os trabalhadores retomaram as atividades sob a promessa de que os pagamentos pendentes seriam regularizados. Em nota, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que entrou em contato com o consórcio responsável pela obra e que os casos deverão ser analisados, “com o objetivo de esclarecer dúvidas e garantir os direitos dos funcionários”. Leia, abaixo, a nota na íntegra: "O DNIT informa que as obras do contrato nº 00.00958/2024, executadas pelo Consórcio Ponte de Estreito, estão sendo devidamente acompanhadas pela autarquia, tanto em seus aspectos técnicos quanto administrativos. Com relação à paralisação ocorrida, o DNIT esclarece que está em contato com o consórcio responsável, o qual informou que a contabilização de horas extras dos trabalhadores será tratada caso a caso, com o objetivo de esclarecer dúvidas e garantir os direitos dos funcionários. O DNIT reforça que continuará fiscalizando o cumprimento integral do contrato, com atenção especial ao cronograma físico-financeiro e às obrigações trabalhistas do contratado, a fim de assegurar a regularidade e a continuidade dos serviços".