Quem é Weverton Rocha, senador alvo da Polícia Federal por suspeita de descontos ilegais em aposentadorias
Operação da PF e CGU contra descondos indevidos em aposentadorias O senador maranhense Weverton Rocha (PDT-MA) é um dos alvos da nova fase da Operação Sem ...
Operação da PF e CGU contra descondos indevidos em aposentadorias O senador maranhense Weverton Rocha (PDT-MA) é um dos alvos da nova fase da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, que investiga um esquema nacional descontos ilegais em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). 📲 Clique aqui e se inscreva no canal do g1 Maranhão no WhatsApp Um assessor de Weverton também é alvo da operação, assim como um homem identificado como Romeu Carvalho Antunes, que foi preso. O pai de Romeu, Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS", também já foi preso no mesmo esquema, em setembro. Também foi preso Eric Fidélis, filho do ex-diretor de Benefícios do INSS, André Fidelis. O secretário-executivo do Ministério da Previdência, Aldroaldo Portal, foi afastado do cargo e teve prisão domiciliar decretada. O g1 tenta contato com a defesa do senador para posicionamento. 🔎Em abril, investigações da PF revelaram um esquema criminoso para realizar descontos irregulares de valores recebidos por aposentados e pensionistas do INSS, ocorridos no período de 2019 a 2024. Os desvios, conforme as investigações, podem chegar a R$ 6,3 bilhões. Quem é Weverton Rocha Weverton Rocha (PDT), quando foi candidato ao governo do Maranhão, em 2022 Adriano Soares/Grupo Mirante Weverton Rocha Marques de Sousa é natural de Imperatriz (MA), tem 46 anos, e construiu sua carreira política a partir de engajamento no movimento estudantil e na política partidária desde a adolescência. No entanto, também acumula diversos processos por corrupção, no qual nega participação (entenda mais abaixo). Durante a juventude, participou como dirigente estudantil em organizações como a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e a União Nacional dos Estudantes (UNE), chegando a vice-presidência da entidade nacional. Nos primeiros anos de sua trajetória pública, trabalhou como assessor na Prefeitura de São Luís entre 2000 e 2006 e foi secretário estadual de Esporte e Juventude do Maranhão com apoio do então governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT). Carreira no Legislativo Nas eleições, Weverton foi eleito pela primeira vez em 2010, como suplente de deputado federal, assumindo a cadeira em 2012. Foi reeleito em 2014 e permaneceu na Câmara dos Deputados até 2018. Durante esse período, se posicionou contra o impeachment de Dilma Rousseff (PT) e contra a reforma trabalhista de 2017. Em 2018 foi eleito senador sob o apoio do governador Flávio Dino, assumindo o mandato que tem até hoje. Atualmente, Weverton tem atuado na base do presidente Lula (PT), sendo relator da indicação do ministro Jorge Messias ao STF. Em 2022, Weverton chegou a se candidatar a governador do Maranhão com a esperança de que obteria o mesmo apoio de Flávio Dino, mas o acordo não se concretizou. Dino apoiou o então vice-governador, Carlos Brandão (PSB), que venceu as eleições. Processos na carreira Em março de 2017, quando ainda era deputado federal, Weverton se tornou réu no Supremo Tribunal Federal por violação à lei de licitações e peculato – relacionados à contratação e aditivos de obras para reforma de um ginásio esportivo em São Luís quando era secretário estadual. Recentemente, Weverton também foi alvo da Operação Odoacro, que mira supostas irregularidades em contratos envolvendo empresas e agentes públicos no Maranhão, com foco em fraudes, lavagem de dinheiro e uso indevido de verbas públicas. Segundo as investigações, o senador teria destinado cerca de R$ 34 milhões em emendas individuais que foram aplicadas em obras realizadas por duas empresas (Construservice Empreendimentos e Pentágono Comércio e Engenharia) que são investigadas pela PF. Em 2025, o Ministério Público do Maranhão também ajuizou uma ação civil pública por improbidade administrativa relacionada a irregularidades na contratação de serviços de aluguel de veículos em 2009. O MP requereu penalidades que incluem ressarcimento integral ao erário, suspensão de direitos políticos e multa civil, com base em irregularidades apontadas na celebração de contratos. Em todos os casos, Weverton negou vínculo direto com irregularidades, afirmando que não é parte nas investigações direcionadas a terceiros.