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Veja lista de postos de combustíveis interditados no MA por suspeita de lavagem de dinheiro para o PCC

Postos de combustíveis são interditados no MA por suspeita de lavar dinheiro para o PCC Google Cinco postos de combustíveis foram interditados em três cidad...

Veja lista de postos de combustíveis interditados no MA por suspeita de lavagem de dinheiro para o PCC
Veja lista de postos de combustíveis interditados no MA por suspeita de lavagem de dinheiro para o PCC (Foto: Reprodução)

Postos de combustíveis são interditados no MA por suspeita de lavar dinheiro para o PCC Google Cinco postos de combustíveis foram interditados em três cidades do Maranhão durante a Operação Carbono Oculto 86, que investiga um esquema de lavagem de cerca de R$ 5 bilhões ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Além dos postos, duas empresas maranhenses também são investigadas por envolvimento com o grupo criminoso, uma delas fica em São Luís (veja a lista completa mais abaixo). A operação, conduzida pela Polícia Civil do Piauí, foi realizada nesta quarta-feira (5) no Piauí, Maranhão e Tocantins, onde foram interditados um total de 49 postos de combustíveis suspeitos de ligação com o PCC. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Piauí, o grupo usava empresas de fachada, fundos de investimento e fintechs para lavar dinheiro, fraudar o mercado de combustíveis e esconder patrimônio.  Postos interditados no MA Posto HD 25: BR-316, Km 420 - Povoado Livramento em Peritoró; Posto HD 36: BR-316, Km 421 - Povoado Livramento em Peritoró; Posto HD 28: BR-316, Km 514 - Povoado Buriti Corrente em Caxias; Posto Diamante 28: BR-316, Km 514 - Buriti Corrente em Caxias (Posto HD 28); Posto Diamante 23: BR-230, São Raimundo das Mangabeiras. Empresas investigadas no MA Consorcio Rota Energia - em Timon: atua em atividades de intermediação e agenciamento de serviços e negócios em geral; JOI Locações - Pedrinhas em São Luís: atua na locação de automóveis. Sobre a operação Carbono Oculto: Operação contra PCC interdita cerca de 50 postos no Nordeste A Operação Carbono Oculto 86 mira pessoas e empresas envolvidas em um esquema de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) no Piauí, no Maranhão e em Tocantins. A Polícia Civil do Piauí identificou uma ligação direta entre empresários locais e operadores financeiros de São Paulo. Entre os alvos estão antigos proprietários de redes de postos e intermediários utilizados como “laranjas” em holdings. De acordo com a investigação, foram identificados cerca de R$ 5 bilhões em movimentações atípicas das empresas envolvidas no esquema. A operação cumpriu mandados de busca e apreensão em: duas casas localizadas em condomínio de luxo nos bairros Uruguai e Novo Uruguai, na Zona Leste de Teresina; cinco apartamentos nas zonas Leste, Sudeste e Sul de Teresina; e uma casa localizada em condomínio em Araraquara (SP). A Justiça determinou o bloqueio de R$ 348 milhões em bens de 10 pessoas e 60 empresas. Durante a operação diversos bens foram apreendidos, entre eles estão um Porsche de R$ 550 mil e um avião modelo Cessna Aircraft 210M, que pertence ao empresário Haran Santhiago Girão Sampaio. Outros três aviões não foram localizados durante o cumprimento de mandados de busca. Os aviões devem ser enviados à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para inserção de gravame — uma restrição nos documentos das aeronaves. Avião de empresário é apreendido em operação contra postos suspeitos de lavar dinheiro para o PCC Divulgação/SSP-PI LEIA TAMBÉM Operação interdita quase 50 postos no PI, MA e TO por suspeita de lavar dinheiro para o PCC PCC construía distribuidora de combustível no PI para abastecer outros estados, aponta polícia Avião e Porsche de meio milhão são apreendidos em operação contra o PCC Ex-secretário de Teresina é alvo; 'se for verdade, que pague a sua conta', diz prefeito Quem são as pessoas investigadas Rogério Garcia Peres: gestor da Altinvest Gestão de Recursos, apontado como operador financeiro do PCC. Denis Alexandre Jotesso Villani: empresário paulista ligado à Rede Diamante, envolvido em 40 empresas, incluindo 12 postos no Piauí. Haran Santhiago Girão Sampaio e Danillo Coelho de Sousa: antigos donos da “Rede HD”, responsáveis pela expansão e posterior venda da rede. Moisés Eduardo Soares Pereira e Salatiel Soido de Araújo: empregados e intermediários locais usados como “laranjas” em holdings com sede em São Paulo. O g1 não conseguiu contato com a defesa dos investigados até a última atualização desta reportagem. Empresas e fundos de investimento investigados A investigação identificou empresas e fundos que compunham a estrutura do esquema: Pima Energia Participações Ltda.: holding criada antes da compra da Rede HD, associada ao Jersey Fundo de Investimentos e à Altinvest. Mind Energy Participações Ltda.: empresa de São Paulo usada para transferir unidades da rede. Rede Diamante / DNPX Diamante Nice Participações Ltda.: nova bandeira que assumiu 12 postos no Piauí e Maranhão, controlada por Denis Villani. Fundos e fintechs: Altinvest, Jersey FIP, GGX Global Participações, Duvale Distribuidora e Copape Produtos de Petróleo. No total, mais de 70 CNPJs estão ligados direta ou indiretamente ao esquema criminoso. O g1 não conseguiu contato com a defesa dos investigados até a última atualização desta reportagem. A Polícia Civil do Piauí, por meio da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO), e o Judiciário adotaram medidas para interromper o fluxo de dinheiro ilegal. Entre as ações estão prisões temporárias, buscas em casas e empresas, bloqueio de contas e bens, interdição de postos e suspensão das atividades das empresas investigadas. A Justiça determinou que os investigados compareçam ao tribunal quando intimados. Eles estão proibidos de sair de Teresina ou mudar de endereço sem autorização. Também não podem se comunicar entre si, nem por redes sociais, aplicativos ou por terceiros. Como era o esquema Carbono Oculto: Operação contra PCC interdita cerca de 50 postos no Nordeste Segundo a Polícia Civil do Piauí, o valor de R$ 5 bilhões foi identificado em movimentações atípicas das empresas envolvidas no esquema. A suspeita é que ele seja semelhante ao descoberto na Operação Carbono Oculto, deflagrada em agosto. Segundo os investigadores, empresários locais estão ligados aos mesmos fundos e operadores já identificados operação de agosto, considerada a maior operação contra o crime organizado já realizada no Brasil. Para dificultar a identificação dos reais beneficiários, os suspeitos usaram nomes de laranjas, constituíram fundos e usaram fintechs para movimentações financeiras, mesmo modo de operação verificado na outra operação. A investigação aponta ainda que os postos vendiam combustível adulterado e que usaram fraude fiscal para deixar de pagar milhões de reais em impostos. Braço do PCC no Nordeste Quase 50 postos são interditados no PI, MA e TO por suspeita de lavar dinheiro para o PCC Divulgação/SSP-PI A investigação teve início após a venda da rede HD, que possui dezenas de postos no Piauí, Maranhão e Tocantins, em dezembro de 2023. A polícia descobriu que a rede foi vendida à Pima Energia e Participações, que havia sido criada apenas seis dias antes da operação. Informações levantadas pelos investigadores indicaram ainda inconsistências patrimoniais e alterações societárias suspeitas. A investigação identificou ainda depósito de mais de R$ 700 mil de um dos suspeitos para uma empresa citada na operação Carbono Oculto por ligação com o esquema do PCC. Ainda segundo a investigação, há indícios de fraude fiscal e de emissão de notas fiscais frias pelo grupo, além do uso de fundos e holdings para ocultar recursos.